quarta-feira, 11 de janeiro de 2012

Educação para a Convivência com o Semi - Árido


Para assegurar o direito de aprender de cada
criança e adolescente, precisamos valorizar o
lugar onde vivem, considerando sua geografia,
história e cultura. Esse entendimento é
compartilhado pelo UNICEF e por outras
várias organizações e movimentos sociais,
em sintonia com a Lei de Diretrizes e Bases,
das Diretrizes Curriculares Nacionais do Conselho
Nacional de Educação e dos Parâmetros Curriculares publicados pelo
Ministério da Educação.

Historicamente, o Semiárido costumava ser retratado no País como um lugar
de pobreza, seca e poucas oportunidades. Esse quadro vem mudando aos
poucos. Mas, muitas vezes, ainda se repete a visão equivocada de atraso e de
falta de perspectivas, principalmente no campo, sugerindo que os alunos
saiam de sua localidade para “virar gente”. Oportunidades, trabalho, renda,
só em outro lugar.

Ao contrário disso, a Educação para a Convivência com o Semiárido ensina a
transformar o lugar onde se vive e ali manter raízes e laços de família. Esse
reconhecimento vai além da noção de campo apenas como rural e
compreende suas necessidades culturais, direitos sociais e formação integral
dos indivíduos.

A o se propor uma
educação para a construção de políticas públicas voltadas à educação de
qualidade. Ao mesmo tempo, a diversidade cultural é respeitada, ao se
reconhecer a realidade de cada criança, adolescente e jovem, residentes no
campo ou na cidade. Essa é a essência da Educação para a Convivência com
o Semiárido.

Ao realizar as atividades aqui apresentadas – de pesquisa, de mobilização e de
avaliação –, a escola contribuirá na promoção dos direitos da criança e do
adolescente, respeitando sua própria realidade e a da comunidade a que
pertencem. Abre-se, assim, um leque de aprendizagens. Ao vivenciá-las, os
estudantes participarão intensamente da melhoria das condições locais,
integrados a outras iniciativas e fortalecidos pelo interesse comum. Assim,
configura-se a chamada Educação para a Convivência.

Cada escola escolherá o roteiro que lhe parecer mais apropriado. A opção
dependerá do conhecimento da situação comunitária e municipal. O
articulador municipal e a Comissão Municipal Pró-Selo terão papel
fundamental, ao facilitar o acesso da escola ao diagnóstico da situação de
crianças e adolescentes no município e ao Plano Municipal de Ação – dois
importantes instrumentos de garantia de direitos da infância e da
0 adolescência, elaborados no 1 Fórum Comunitário, realizado em cada
município em 2010.


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