quinta-feira, 19 de janeiro de 2012

PROJETO: INTERDISCIPLINAR, EDUCAR PARA A SAÚDE E CIDADANIA

INTRODUÇÃO

Este projeto se faz necessário de se trabalhar junto ao profissional parceiros: médicos, enfermeiros, odontólogos, psicólogo, nutricionista, assistente social e educadores, aos temas relacionados a saúde na escola.

O universo do adolescente é repleto de mudanças, descobertas, dúvidas, paixões e curiosidades. Apesar de natural é uma fase que merece atenção. Uma boa orientação por parte da escola e da família faz-se necessária para que o adolescente não seja tomado por sentimentos como insegurança e timidez, que influenciarão na sua vida futura.

Consciente dessa importante tarefa, foi elaborado este projeto com o objetivo de facilitar o trabalho de pesquisa do professor, informar os pais e orientar os adolescentes e jovens.

O nível de saúde das pessoas reflete a maneira como vivem, numa interação dinâmica entre potencialidades individuais e condições de vida. Não se pode compreender ou transformar a situação de um individuo ou de uma comunidade sem levar em conta que ela é produzida nas relações com o meio físico, social e cultural.

PROJETO INTERDISCIPLINAR

Ensino Fundamental I e II

TEMA: Educar para a Saúde

EQUIPE GESTORA:

Maria de Fátima Galdêncio Cavalcante

Maria Veralúcia de Freitas

EQUIPE PEDAGÓGICA:

Maria Dagmar Alves Coringa

Maria das Dores Cavalcante Oliveira

Maria Evaneide Almeida

Carlos Deodoro Inácio de Oliveira Negreiros

PÚBLICO ALVO:

Professores

Alunos

Profissionais parceiros: da área de saúde, assistência social e educação


JUSTIFICATIVA

Entende-se Educação para a Saúde como fator de proteção à saúde e estratégia para a conquista dos direitos de cidadania. Sua inclusão no currículo responde a uma demanda social, num contexto em que a tradução da proposta constitucional em prática requer o desenvolvimento da criança e adolescente e dos governantes, para que tenha direito à saúde e que seja encarada como prioridade.

A escola sozinha não levará os alunos a adquirirem saúde. Pode e deve fornecer elementos que os capacitem para uma vida saudável. Não se pode transformar à situação de saúde de um indivíduo ou de uma coletividade sem levar em conta que ela é produzida nas relações no meio físico, social e cultural.

É para isso, procuramos articular parcerias e desenvolver ações de educação em saúde promovendo junto as crianças e adolescentes, atividade de educação e saúde relacionadas ao crescimento e desenvolvimento de adolescentes, à saúde sexual e a saúde reprodutiva, à prevenção de violências e acidentes, à promoção da cultura de paz a redução do uso abusivo do álcool e outras drogas, dando ênfase ao diálogo familiar como fundamental na melhoria das relações afetivas entre pais, responsáveis e filhos favorecendo comportamento hábitos e ambientes seguros e saudáveis para adolescentes.


OBJETIVO GERAL

O projeto saúde na escola tem como objetivo inserir no processo pedagógico a promoção de saúde e prevenção de seus agravos através de várias ações que envolvam a saúde a escola e comunidade. Sendo que objetiva o crescimento físico, emocional e social dos alunos.

OBJETIVOS ESPECÍFICOS

· Agendar reuniões com a escola para a implantação do projeto;

· Adotar caderneta de saúde do adolescente nas ações de educação em saúde;

· Prevenir o uso de álcool, tabaco e outras drogas;

· Identificar fatores de risco e de proteção para violência urbana e sexual;

· Promover ações educativas e preventivas de promoção da saúde e da cultura da paz;

· Realizar palestras sobre a higiene bucal;

· Agendar palestras com profissionais parceiros, com temas de acordo com as necessidade dos alunos;

· Exposição de maquetes e stands na feira de conhecimentos (FECOM)


SUB-TEMAS:

· Imunização;

· Principais parasitoses e medidas de prevenção;

· Prevenção de acidentes;

· Hábitos alimentares e nutrição;

· Cuidados com os alimentos;

· Saúde e meio ambiente;

· Sexualidade e prevenção da concepção na adolescência;

· Prevenção das doenças sexualmente transmissíveis;

· Diferentes formas de violência contra criança e o adolescente;

· Uso e abuso de drogas, prevenção primária e secundária;

· Etiologia e evolução da cárie dentária;

· Etiologia e evolução da doença periodontal;

· Fumo e saúde oral;

· Portadores de necessidade espaciais;

· Diabetes na infância;

· DST/AIDS


ESTRATÉGIA

· Definir os pontos prioritários a serem desenvolvidos com a comunidade escolar, incluindo as temáticas de promoção da alimentação saudável, higiene bucal, prevenção de violência e acidentes, prevenção e redução do consumo abusivo de álcool e outras drogas, prevenção das DSTs/AIDS, promoção da saúde sexual e saúde reprodutiva, controle do tabagismo, promoção de práticas corporais, atividade física, promoção da cultura da paz;

· Elaborar e executar oficinas de educação em saúde com a comunidade escolar;

· Incentivar a utilização dos materiais encaminhados para a escola pelo MS/MEC;

· Incentivar a utilização da caderneta de saúde de adolescentes nas ações de educação em saúde;

· Elaborar um cronograma conjunto com as escolas para acompanhamento das ações educativas em saúde realizadas pela comunidade escolar;

· Fornecer preservativos sem barreiras independente de estar ou não cadastrado no programa UBS ou ter prescrição médica, entre outras entraves burocráticas.

· Realizar aconselhamento, priorizando os passos de reflexão sobre o contexto de vulnerabilidade de adolescentes e jovens;

· Incluir os adolescentes e jovens nas ações coletivas e individuais de planejamento sexual e reprodutivo;

· Orientar os pais ou responsáveis legais de adolescentes que buscam orientações pertinentes sobre saúde sexual, garantindo o direito ao sigilo e a autonomia do adolescente;

· Articular parcerias e promover, junto a família, atividades de educação e saúde relacionadas ao crescimento e desenvolvimento do adolescente;

· Desenvolver ações educativas relacionadas à saúde sexual e saúde reprodutiva baseadas nas demandas e necessidades trazidas pelos adolescentes;

· Compreender que a saúde é um direito de todos e uma dimensão essencial do crescimento do ser humano;

· Levantando situações-problemas em que os alunos serão estimulados a omitir suas idéias sobre o que é ambiente e saúde buscando estabelecer relação entre higiene pessoal e coletiva;

· Proponha aos alunos uma pesquisa para conhecer as principais doenças sexualmente transmissíveis.

AVALIAÇÃO

As transformações sociais vem apresentando à escola a necessidade de repensar o trabalho do PSE na escola. Um dos aspectos sobre o qual esta deve dedicar especial atenção, ao propor mudanças na atuação, refere-se às práticas avaliativas adotadas pelos professores em relação à aprendizagem do aluno.

Os temas propostos a serem trabalhadas precisam ser pensadas de forma articulada ao processo de avaliação , visto que este último deve anteceder, acompanhar e suceder todas as atividades escolares, assumindo diferentes funções de acordo com o momento em que acontece.

ANEXOS


CRONOGRAMAS DE ATIVIDADES

ATIVIDADES

MESES

AGOSTO

SETEMBRO

OUTUBRO

NOVEMBRO

DEZEMBRO

Reunião pedagógica com os professores

X

Imunização

X

Principais parasitas e medidas de prevenção

X

Prevenção de acidente

X

Hábitos alimentares e nutrição

X

Cuidado com os alimentos

X

Saúde e meio ambiente

X

Sexualidade e prevenção da concepção na adolescência

X

Violência contra a criança e o adolescente

X

Drogas

X

Carie dentária

X

Fumo e saúde oral

Portadores e necessidade especiais

X

X

X

X

Diabetes na infância

DST/AIDS

quarta-feira, 11 de janeiro de 2012


A Educação para a Convivência com o Semiárido é uma proposta em sintonia
com as indicações da Lei de Diretrizes e Bases, das Diretrizes Curriculares
Nacionais do Conselho Nacional de Educação e dos Parâmetros Curriculares
publicados pelo Ministério da Educação. Ela propõe que a educação seja
compreendida no contexto da localidade onde está situada a escola. Ensina a
mudar o lugar onde se vive e ali manter raízes e laços de família. Esse reconhecimento

vai além da noção de campo apenas como rural e compreende suas
necessidades culturais, direitos sociais e formação integral dos indivíduos.
Depois das Diretrizes Operacionais para a Educação Básica das Escolas do
Campo (Resolução CNC/CEB nº 1, de 03/04/02) e das Diretrizes Complementares,
Normas e Princípios para o Desenvolvimento de Políticas Públicas
de Atendimento da Educação Básica do Campo (Resolução CNE/CEB nº 2, de
28/04/08), publicadas em abril de 2002 pelo Conselho Nacional de Educação,
a Educação para a Convivência conquistou um grande reforço. O campo
brasileiro deixou de ser visto como lugar da pobreza, do atraso, do matuto.
Passou a ser entendido como espaço social, com vida, identidade e cultura
próprias, além de práticas compartilhadas.

Neste guia, utiliza-se essa nova forma de ver o Semiárido, ao se propor uma
educação para a construção de políticas públicas, voltadas à educação de
qualidade. Ao mesmo tempo, respeita-se a diversidade cultural ao reconhecer
a realidade de cada criança e adolescente, residentes no campo ou na cidade.
Essa é a essência da Educação para a Convivência com o Semiárido.
O Selo UNICEF vem apoiando e estimulando iniciativas que priorizam tal
visão. Alguns exemplos: Rede de Educação do Semiárido Brasileiro (Resab),
que reúne educadores de todo o Nordeste, do norte de Minas Gerais e do
Espírito Santo; Rede de Educação Contextualizada do Agreste e Semiárido
(Recasa), que articula a educação do campo no Estado de Alagoas; Serviço
de Tecnologia Alternativa (Serta), de Pernambuco; Movimento de
Organização Comunitária (MOC), da Bahia; entre outros.

Tais redes e organizações partem dos cinco princípios a seguir

Garantia de políticas educacionais
Construção do conhecimento com interdisciplinaridade e
transdisciplinaridade
Aplicação das leis ligadas à construção de uma educação pública
de qualidade
Defesa incondicional da escola pública, gratuita e de qualidade no
Semiárido e no Brasil
Respeito e promoção dos direitos de crianças, adolescentes,
jovens, adultos e idosos


É o caso do Projeto Jovens pela Educação
e Convivência com o Semiárido,
desenvolvido em escolas
pernambucanas, desde 2008,
pelo Serta, em parceria com o
UNICEF. Ele tem contribuído
para a formação de
educadores, para a educação
integral e inclusiva,
garantindo a crianças e
adolescentes o direito de
aprender a conviver com
sua realidade.
O percurso proposto neste guia
orienta-se por essa mesma
perspectiva, ao utilizar a
metodologia Peads – Proposta
Educacional de Apoio ao Desenvolvimento
Sustentável, desenvolvida
pelo Serta. Ela procura ser um
instrumento para a escola apoiar o
município na conquista de
políticas públicas em prol de
crianças e adolescentes.









SELO UNICEF MUNICIPIO APROVADO EDIÇÃO 2009 - 2012


Para cada um dos temas do Eixo de Participação Social, o UNICEF e parceiros
criaram um guia metodológico específico. Neles, estão conceitos que
deverão orientar o trabalho nos municípios participantes. As publicações
também informam sobre planejamento e execução das atividades,
mobilização e pontuação no processo de conquista do Selo.
Com o apoio das prefeituras – por meio das secretarias municipais de
Educação, Cultura, Esporte, Meio Ambiente, Comunicação, entre outras –,
grupos de trabalho deverão se organizar para desenvolver ações nas
unidades de ensino e em outros espaços alternativos de aprendizagem. Tudo
isso sempre com a participação intensa de crianças e adolescentes.
Meninas e meninos serão estimulados a participar de atividades ligadas à
educação, à cultura, ao meio ambiente, ao esporte e ao lazer no município
onde moram. Conhecendo melhor suas raízes, seu povo e sua realidade, os
estudantes tendem a compreender as formas de convivência com a região
onde vivem, valorizando sua cultura e história e atuando como agentes de
transformação social.

O Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente (CMDCA),
organizações da sociedade atuantes na área da infância e adolescência e
lideranças adolescentes também serão grandes aliados nessa jornada. Em
todas as etapas, a comunicação será fundamental para manter a comunidade
sempre informada sobre tudo o que acontece e mobilizada a participar.
Então, em 2012, o município solicitará formalmente ao UNICEF a presença
de um mediador para a realização do 2º Fórum Comunitário, no qual será
possível socializar todos os aprendizados. Durante o evento, o desempenho
do município será avaliado pelo mediador e pela comunidade. O que se
pode garantir desde já é que, quanto mais participativa e articulada for toda
essa experiência, melhores serão os resultados!
Para além da conquista do Selo, o UNICEF espera que o trabalho realizado
em cada tema permaneça no cotidiano dos municípios, contribuindo com a
melhoria das políticas públicas locais.

PARTICIPAÇÃO SOCIAL NO SELO UNICEF


O Selo UNICEF Município Aprovado mobiliza gestores, técnicos, conselheiros,
lideranças sociais, além das próprias famílias, adolescentes e crianças, para
melhorar de forma concreta a vida de meninas e meninos de até 17 anos nos
municípios do Semiárido e Amazônia Legal Brasileira. Fortalecendo o
município, o Selo busca contribuir com o alcance dos Objetivos de Desenvolvimento
do Milênio e com a superação de marcantes iniquidades – de raça,
etnia, gênero, local de origem, idade, entre outras – na garantia dos direitos
de cada menino e menina dessas regiões do Brasil.
O Selo estimula as localidades a garantir às crianças e aos adolescentes os
cinco direitos básicos do programa do UNICEF para o Brasil. São eles:

sobreviver e se desenvolver,
aprender,
proteger-se e ser protegido do HIV/aids,
crescer sem violência,
ser prioridade absoluta nas políticas públicas.

A atual edição do Selo tem duração de 36 meses, entre 2009 e 2012.
O programa acontece por meio do desenvolvimento de capacidade técnica
dos municípios, estratégias de mobilização social e do acompanhamento de
indicadores, com desafios em três eixos: Impacto Social, Gestão de Políticas
Públicas e Participação Social. Esse último inclui a realização de fóruns
comunitários e o desenvolvimento de ações temáticas.
Como parte do Eixo de Participação Social, cada município realizou, em
0 2010, o 1 Fórum Comunitário do Selo UNICEF e fez seu Plano de Ação.
A proposta é definir prioridades para os municípios avançarem nos
indicadores sociais da infância e adolescência até 2012. Agora em 2011, um
novo conjunto de atividades vem reforçar esse objetivo por meio da
participação social: mobilizar, de forma ampla, escolas, famílias e comunidades
para que se envolvam na discussão e no controle de políticas públicas
municipais para a infância e adolescência. Para tanto, estão sendo propostos
quatro temas atuais e impactantes na vida das crianças e dos adolescentes:

Educação para a Convivência com o Semi - Árido


Para assegurar o direito de aprender de cada
criança e adolescente, precisamos valorizar o
lugar onde vivem, considerando sua geografia,
história e cultura. Esse entendimento é
compartilhado pelo UNICEF e por outras
várias organizações e movimentos sociais,
em sintonia com a Lei de Diretrizes e Bases,
das Diretrizes Curriculares Nacionais do Conselho
Nacional de Educação e dos Parâmetros Curriculares publicados pelo
Ministério da Educação.

Historicamente, o Semiárido costumava ser retratado no País como um lugar
de pobreza, seca e poucas oportunidades. Esse quadro vem mudando aos
poucos. Mas, muitas vezes, ainda se repete a visão equivocada de atraso e de
falta de perspectivas, principalmente no campo, sugerindo que os alunos
saiam de sua localidade para “virar gente”. Oportunidades, trabalho, renda,
só em outro lugar.

Ao contrário disso, a Educação para a Convivência com o Semiárido ensina a
transformar o lugar onde se vive e ali manter raízes e laços de família. Esse
reconhecimento vai além da noção de campo apenas como rural e
compreende suas necessidades culturais, direitos sociais e formação integral
dos indivíduos.

A o se propor uma
educação para a construção de políticas públicas voltadas à educação de
qualidade. Ao mesmo tempo, a diversidade cultural é respeitada, ao se
reconhecer a realidade de cada criança, adolescente e jovem, residentes no
campo ou na cidade. Essa é a essência da Educação para a Convivência com
o Semiárido.

Ao realizar as atividades aqui apresentadas – de pesquisa, de mobilização e de
avaliação –, a escola contribuirá na promoção dos direitos da criança e do
adolescente, respeitando sua própria realidade e a da comunidade a que
pertencem. Abre-se, assim, um leque de aprendizagens. Ao vivenciá-las, os
estudantes participarão intensamente da melhoria das condições locais,
integrados a outras iniciativas e fortalecidos pelo interesse comum. Assim,
configura-se a chamada Educação para a Convivência.

Cada escola escolherá o roteiro que lhe parecer mais apropriado. A opção
dependerá do conhecimento da situação comunitária e municipal. O
articulador municipal e a Comissão Municipal Pró-Selo terão papel
fundamental, ao facilitar o acesso da escola ao diagnóstico da situação de
crianças e adolescentes no município e ao Plano Municipal de Ação – dois
importantes instrumentos de garantia de direitos da infância e da
0 adolescência, elaborados no 1 Fórum Comunitário, realizado em cada
município em 2010.